quinta-feira, 18 de julho de 2013
O jardim aqui de casa
As flores do jardim aqui de casa congelaram, meu sorriso também. O mundo ficou cinza, e o sol quase não aparece mais, as vezes algumas nuvens cor de rosa dizem olá depois da chuva no final da tarde, mas é só.
Os pássaros se foram, as folhas mortas sob o pé do sobreiro permaneceram. A casa está silenciosa, os corredores vazios, exceto pelo espelho antigo que as vezes reflete uma imagem antiga.
Mas eu estou aqui, deitada na grama gelada, pensando no que poderia ter dito e feito. Os lugares onde morei sempre deixaram marcas em mim, aqui não será diferente. Um pedaço meu ficará em cada parede branca, no reflexo de cada janela velha.
Sentirei falta do meu jardim, que nunca foi meu realmente, nunca cuidei dele. Sentirei falta das flores e da grama sob meus pés.
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E mesmo que o mundo congele ao nosso redor que possamos manter nosso coração aquecido, mesmo que seja uma pequena chama alimentada a duras penas.
ResponderExcluirTeu texto tem uma poesia, uma melodia, um melancolia que contagia a gente, é belo, muito belo.
Beijos.
www.eraoutravezamor.blogspot.com
www.semprovas.blogspot.com
Muito lindo o que você escreveu, mesmo que tenha sido em poucas palavras. É muito saber que existe gente como a gente, sabe? gente que sente!
ResponderExcluirBeijo
Sabe, esse seus textos aparentemente sem assunto principal sempre mexem comigo. Eles te deixam à mercê da sua própria interpretação, trazendo suas experiências pessoais à tona. Identifiquei-me particularmente com este; estou à ponto de me mudar e, por mais que o lugar em que more não seja perfeito e que eu reclame de uma coisa ou outra sempre, sinto que é o meu lar. Só morei quatro anos nesse estado, mas sinto como se tivesse nascido e me criado aqui. Como se fora daqui eu já não fosse mais eu.
ResponderExcluirFoi exatamente isso que seu texto me passou. Bizarro, né?